Conversa com o Professor José Vitória relatos de um matemático singular

Escolheu matemática porque na época as escolhas não eram muitas e considera que foi um aluno “muito irregular”. Num tempo em que “ir estudar” era uma exceção, acabou por vencer as condicionantes do contexto português da primeira metade do século XX. Falamos do Professor José Vitória e as suas memórias são o testemunho vivo do que significa ser professor e matemático. Aposentado da Universidade de Coimbra, começou a sua carreira académica em Lourenço Marques, passou por França e, até, pela Coreia do Norte. Escolhi conversar com o Professor José Vitória porque é para mim uma pessoa singular. A sua educação, a sua simpatia e o seu reconhecimento pelo outro não deixam ninguém indiferente. Nesta conversa emerge um contador de histórias. Tantas que, infelizmente, não é possível integrá-las todas neste espaço limitado da Gazeta. Com esta conversa esperamos começar a “levantar o véu” sobre as suas muitas memórias, a sua vida e o seu percurso como matemático português, ao longo de quase meio século. Num século marcado por tanta evolução social e tecnológica, a sua experiência e a sua sabedoria não podem deixar de ser partilhadas. Com 82 anos, está mais produtivo cientificamente do que nunca e continua muito atento ao que se passa à sua volta, mantendo-se informado pela leitura diária dos jornais The Guardian e Le Monde.


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Gazeta nº 196, pág. nº 44 | Categoria: Artigos | Palavras-Chave: José Vitória
Autor(es): Ana Mendes |